Este é um artigo especialmente dedicado aos leitores que frequentemente me perguntam sobre "como começar a escrever um livro" , ou "como escrever um livro". Pretendo publicar outros textos sobre o assunto, mas para começar vai aí uma dica simples, mas fundamental...
Penso que o ponto mais importante na formação de um escritor é a leitura. O exercício exaustivo da leitura é que dá subsídios para que o autor encontre formas de exprimir suas idéias. Digo isso porque as palavras estão para o escritor assim como os números para o matemático. Um autor deve, antes de tudo, dominar a língua (como escrita) para então avançar ao passo seguinte, que é a composição, ou seja, o arranjo técnico e estético que têm, como produto final, o texto.
Em termos estruturais, qualquer criação literária, como forma de expressão de uma ídéia, deve ter (sempre) começo, meio e fim.
Não importa se você está escrevendo um livro, um conto, uma crônica, um artigo. O autor deve partir de uma 'proposta', ou hipótese, e chegar à sua conclusão. Deve saber, de antemão, o que quer contar. Isso é fundamental. A maneira como tal proposta será levada a cabo pode até mudar durante o desenvolvimento do texto, mas geralmente, e dependendo do domínio que o autor já tem da técnica, essa maneira apresenta-se também como parte da estrutura, antes mesmo do ato da escrita.
Eu, por exemplo, quando tenho uma idéia, geralmente já sei como vou apresentá-la ao leitor. A forma torna-se parte do conteúdo, mistura-se a ele. Para o autor que está começando agora penso que o exercício da leitura deva ser levado muito a sério não apenas pelo ganho, conhecimento e aprimoramento das ferramentas narrativas, mas principalmente pelo ganho, conhecimento e aprimoramento da língua como matéria prima.
O escritor tem por obrigação com o ofício de escrever saber expressar-se plenamente por meio da escrita. Meu escritor favorito, Edgar Allan Poe, em um de seus ensaios sobre o ato de escrever, afirmou "não creio que qualquer pensamento propriamente dito não possa ser exposto pela linguagem. (...) Quando experimentamos dificuldade em traduzi-lo em palavras é porque há na inteligência uma falta de método ou de deliberação". Essa afirmação contempla a maior dificuldade de um escritor e também seu maior triunfo. Pensar sobre como chegar ao resultado, ou seja, o êxito na exposição do pensamento por meio da criação, é pensar sobre o ato de escrever como ofício.
Neste sentido, eu diria que minha primeira "dica" ao escritor iniciante, se é que se pode chamar assim, é LER. Ler como forma de aprender, de descobrir, de aprimorar, de conhecer. Um autor DEVE ter o que dizer. Todo discurso tem que ter substância, conteúdo, finalidade. É por essa via que um autor conquista o leitor. É por essa via que o leitor descobre um autor, identifica-se com ele, e, finalmente, deseja conhecer o que este autor tem a dizer.
Penso que o ponto mais importante na formação de um escritor é a leitura. O exercício exaustivo da leitura é que dá subsídios para que o autor encontre formas de exprimir suas idéias. Digo isso porque as palavras estão para o escritor assim como os números para o matemático. Um autor deve, antes de tudo, dominar a língua (como escrita) para então avançar ao passo seguinte, que é a composição, ou seja, o arranjo técnico e estético que têm, como produto final, o texto.
Em termos estruturais, qualquer criação literária, como forma de expressão de uma ídéia, deve ter (sempre) começo, meio e fim.
Não importa se você está escrevendo um livro, um conto, uma crônica, um artigo. O autor deve partir de uma 'proposta', ou hipótese, e chegar à sua conclusão. Deve saber, de antemão, o que quer contar. Isso é fundamental. A maneira como tal proposta será levada a cabo pode até mudar durante o desenvolvimento do texto, mas geralmente, e dependendo do domínio que o autor já tem da técnica, essa maneira apresenta-se também como parte da estrutura, antes mesmo do ato da escrita.
Eu, por exemplo, quando tenho uma idéia, geralmente já sei como vou apresentá-la ao leitor. A forma torna-se parte do conteúdo, mistura-se a ele. Para o autor que está começando agora penso que o exercício da leitura deva ser levado muito a sério não apenas pelo ganho, conhecimento e aprimoramento das ferramentas narrativas, mas principalmente pelo ganho, conhecimento e aprimoramento da língua como matéria prima.
O escritor tem por obrigação com o ofício de escrever saber expressar-se plenamente por meio da escrita. Meu escritor favorito, Edgar Allan Poe, em um de seus ensaios sobre o ato de escrever, afirmou "não creio que qualquer pensamento propriamente dito não possa ser exposto pela linguagem. (...) Quando experimentamos dificuldade em traduzi-lo em palavras é porque há na inteligência uma falta de método ou de deliberação". Essa afirmação contempla a maior dificuldade de um escritor e também seu maior triunfo. Pensar sobre como chegar ao resultado, ou seja, o êxito na exposição do pensamento por meio da criação, é pensar sobre o ato de escrever como ofício.
Neste sentido, eu diria que minha primeira "dica" ao escritor iniciante, se é que se pode chamar assim, é LER. Ler como forma de aprender, de descobrir, de aprimorar, de conhecer. Um autor DEVE ter o que dizer. Todo discurso tem que ter substância, conteúdo, finalidade. É por essa via que um autor conquista o leitor. É por essa via que o leitor descobre um autor, identifica-se com ele, e, finalmente, deseja conhecer o que este autor tem a dizer.